Domingo, 18 de Março
Acordei muito bem disposta e ainda fiquei mais quando me assomei ao parapeito da minha janela. Uma linda e pura rosa branca estava lá pousada. Ainda meio sonolenta desci as escadas com a rosa na mão e fui à cozinha. Tia Alice quase esfregou os olhos para ver bem o que eu trazia na mão.
- Ashley, onde arranjaste essa flor tão bonita?! - perguntou ela com tom de quem já sabia tudo.
Vovó Esme riu silenciosamente, enquanto preparava uma torrada.
- Ofereceram-ma, tia Alice! Mas não sei quem foi!? - afirmei inocentemente.
Tia Alice chamou-me em privado e disse-me:
- Sabes, Ashley, eu ontem ao jantar tive uma visão... e sei quem te deu essa rosa... essa pessoa teve um imprinting por ti. Foi o... Ryan.
Ao ouvir aquelas palavras fiquei boquiaberta e encostei a rosa ao meu peito. Pedi mais explicações à minha tia Alice.
- Um imprinting, é quando um lobisomem é atraído físicamente e psicologicamente por uma pessoa, e apartir daí já não é a gravidade que o atraí para a Terra mas sim essa pessoa, para ele essa pessoa é tudo, e ele faria qualquer, mas mesmo qualquer coisa por ela. Mas acho melhor esclareceres esse assunto com o Ryan pois eu também não percebo sobre imprintings.
Quando ouvi aquela explicação senti arrepios pelo corpo, mas ou mesmo tempo senti-me doce e amada.
Corri para o quarto, vesti-me e fui até à casa de Jacob. Toquei à campainha. Quem abriu a porta foi o pai de Jacob.
- Olá, Billy! O Ryan está cá? - perguntei eu apressada.
- Não, Ashley ele foi à pastelaria, mas não deve demorar muito! - respondeu Billy com cara simpática.
- Ok, então eu espero. - decidi eu.
- Queres tomar algo??? - ofereceu Billy.
- Não obrigada.
Jacob sai do quarto e pergunta:
- Então Ashley, o que te traz por cá???
- Vim falar com o Ryan!!! - declarei.
- Huumm!!! Cheira-me a coisa romântica!!!- gozou ele.
Dei um sorriso falso.
Passados poucos minutos Ryan chega e fica surpreso ao ver-me ali.
Combinámos ir dar um passeio à praia.
- Porque é que não me contaste logo?! - interroguei eu.
- Eu ia contar-te mas, não fui capaz!!! - suspirou ele. - Achei que não era altura para te dizer que sofri um imprinting por ti...
- Mas isso é um assunto muito importante, sabes disso? - retomei eu.
- Sim eu sei! - assegurou Ryan.
Também falámos sobre o dia do atropelamento e como Ryan é um querido pediu mil desculpas. Disse-me que naquela altura ainda não era um condutor excelente e que a sua intenção nunca foi nem será matar-me.
- Mas então, explica-me melhor o que sentes por mim! - continuei.
- O que eu sinto por ti é muito díficil de explicar... eu amo-te mais do que tudo neste mundo... tu é que me atraís para a Terra... és a minha razão de viver... - explicava Ryan olhando para o horizonte da praia de areal dourado. Depois parou, pegou nas minhas mãos e disse:
- Eu amo-te para sempre!!!
Fui me perdendo nas suas palavras e quando dei por isso, tinha os meus lábios encostados aos húmidos, mornos e macios dele.
Foi um dos dias mais felizes da minha vida.
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