sexta-feira, 28 de junho de 2013

Ficará tudo bem???

Sexta-feira, 28 de Junho

Abri os olhos, muito lentamente, em busca de um rosto familiar. Steph olhava para mim, mais aliviada.
- Ashley, estás bem??? - ela perguntou dando um pequeno sorriso.
- Eu, acho...que...sim!!! - eu respondi ainda com a voz cansada e debilitada.
- Eu, vou agora a casa com o Daniel, para te trazer umas roupas e os teus produtos de higiene, ok??? - Steph deu-me um beijinho na testa.
- Sim, ok...
Steph saiu e eu observei o local onde estava. Parecia um consultório médico, pois eu estava deitada numa maca e estava ligada a um aparelho de pulsações cardíacas.
Quase como um murmúrio, Matt abriu a porta e olhou para mim.
- Como te sentes??? - ele pegou na minha mão e sentou-se a meu lado.
- Melhor...Onde é que eu estou??? - eu inquiri.
- Estás na minha casa, ou melhor no meu gabinete médico. - ele acariciou-me a mão.
- Tenho saudades da minha família...Posso vê-los??? - eu retorqui.
- Ainda não, mas vais poder... Só aqui para nós, eles não sabem que tu tiveste este pequeno percalço, nem podem saber, pois tu não gostavas de preocupá-los pois não???
- Não, é óbvio que não...
- Para todos os efeitos, tu, eu, Dan e Steph fizemos uma festa cá em casa e ficaste cá a dormir. - Matt disse.
- Como é que eu não morri??? O que eu fiz foi fatal!!! - eu perguntei admirada.
- Bom, eu vou explicar tudo: tu nasceste da união de dois vampiros, ou seja...tens genes vampíricos, o que te permite suicidar vezes sem conta, mas não morrer, um género de imortalidade, mas fraca. Explicando por miúdos: só morres se te matarem, não morres de suicídio. - Matt explicou.
- Ok, isso é extremamente estranho!!! Então a Stephanie, também é assim?! - conclui.
- Exatamente!!! - Matt sorriu.
- Quando é que se realiza o funeral da Abby (rapariga que foi morta na escola, no dia do baile)??? - eu perguntei lembrando-me da minha colega.
- Realiza-se depois de amanhã, infelizmente...Ela não teve culpa de nada, apenas foi um isco... - Matt baixou a cabeça.
- Um isco para quê??? - eu assenti.
- Eu comecei a juntar as peças do puzzle e acho que já entendi. Vou contar-te a minha história para compreenderes melhor!!!
- Estou curiosa!!! - eu sorri.
- Nasci no dia 12 de Abril de 1823, na Inglaterra. A minha mãe era dona de uma farmácia na cidade e o meu pai era dono de um banco de grande influência. Emily, a minha irmã mais nova, tinha uma paixão enorme por medicina. A vida corria normalmente até que de 1839 a 1842 dá-se a 1ª Guerra do Ópio entre a Inglaterra e a China, tinha eu 17 anos. Eu fui forçado a combater durante 2 meses na guerra, os meus pais e a minha irmã com 13 anos, foram forçados a emigrar para fora do país. Foi um choque quando soubemos que nos íamos separar. Durante os 2 meses que combati, também servi de "médico" para os soldados ingleses. Fazia pequenas triagens e observações, visto que tinha aprendido algumas técnicas na farmácia da minha mãe. Comunicava com os meus pais e com a Emily por carta. Eles estavam aqui, em Forks. A eterna e pacata cidade de Forks... - Matt começou a contar.
- E depois, o que aconteceu??? - eu inquiri curiosa.
- Depois, num dia chuvoso, um homem, apresentou-se como médico, na estação de triagens, onde eu estava a prestar serviços. Parecia simpático e sábio. Conversámos durante horas e até nos demos bem. Ele chamava-se Adam Richards.
- Espera aí...Esse não era o padrasto do Daniel??? - eu franzi as sobrancelhas.
- Sim, era... Foi ele que me transformou, 1840. Foi uma transformação horrível, as dores insuportáveis. Após a transformação, o desejo de sangue foi incontrolável...Matei, ainda algumas pessoas... - Matt demonstrava no rosto, culpa e sofrimento.
- Lamento imenso!!! - Eu disse-lhe, fazendo-lhe também carícias na mão.
- Passados os 2 meses da guerra, vim para a América, mas propriamente para Forks, para reencontrar a minha família. Mas, eles rejeitaram-me por uns tempos. Emily, não. Ela sempre foi muito querida e colocava um sorriso no rosto de quem necessitava. Os meus pais acabaram por me aceitar, mas continuavam a achar que o meu comportamento e maneira de pensar haviam mudado. Para dar a entender que estava bem, formei-me em medicina.
As coisas começaram a compor-se pelo que conheci, cá em Forks, uma rapariga. Não uma rapariga qualquer, mas uma rapariga especial. Destacava-se pela sua extraordinária beleza e personalidade forte. Chamava-se Nikki. Começámos a namorar, mas quando ela descobriu o que eu era (vampiro), quis denunciar-me. Não tive outra opção senão transformá-la. O que eu não sabia, é que com a transformação, ela perdeu toda a pinga de humanidade que tinha, e passou a ser cruel e gananciosa.
Como vingança, transformou os meus pais. Não transformou Emily, pois ela conseguiu fugir, e foi para a França.
Fiquei com raiva da Nikki e nunca mais quis a ver.
- Então e os teus pais e a tua irmã??? - eu admirei-me.
- Os meus pais convivem com o facto de serem vampiros. Sim, por que eles ainda são vivos e moram aqui perto. A Emily voltou a Forks, 2 anos depois de ter fugido, ou seja aos 15 anos e quando completou 17 anos pediu para eu a transformar. Eu respeitei o pedido e ainda insisti que não, mas ela estava mesmo decidida. Até hoje as coisas ficaram assim...
- Ok...Que história!!! Mas porque é que eu sou o isco??? - eu retorqui ainda assustada.
- A Nikki, sempre foi muito ciumenta, e apesar de ter cometido aqueles erros irreversíveis, continua a achar que eu me importo com ela. E então quer retirar todas as raparigas que entrarem na minha vida e talvez porque conhecia a tua família e quer magoar-te por seres tão única. Tu e Steph... - Matt teorizou.
- Eu e a minha irmã??? Não, ela... - eu pensei em Steph. - Eu não quero a minha irmã envolvida nisto!!! Se alguém tiver de morrer, sou eu!!!
- Nem digas isso a brincar!!! Eu não suportaria essa situação!!! - Matt declarou.
- Porque é que me beijaste?! Eu... - eu falei no assunto.
- Eu sei, que tens namorado, e que ainda por cima, é um lobisomem, mas eu beijei-te porque...porque...eu realmente gosto...de ti... - Matt continuava tranquilamente. - Claro que eu não aguentaria se algum garoto se atreve-se a beijar a minha namorada, mas o que eu sinto por ti, é...é mais forte que tudo...
- Eu não sei o que dizer...foi...inesperado!!! Eu...achei que não sentias nada por mim... - eu falei convicta.
Olhámos um para o outro. Foi estranho olhar Matt naquele momento...Sentia que tudo, a nossa amizade estava a destruir-se...Pensei se algum dia, ele me perdoaria, por eu apenas o considerar como melhor amigo. Ele fitou os seus olhos nos meus e proferiu as seguintes palavras:
- Vou mostrar-te como eu realmente sou. Esta aparência humana é o meu dom, eu posso esconder das pessoas o que realmente sou!!!
A sua pele tornou-se pálida e branca, os seus olhos, de azuis passaram a caramelo líquido, e o seu cabelo brilhou, sedoso e louro.
- Tu és...lindo!!! Vampiro ou humano, o que importa é o que vai cá dentro!!! - a minha mão pousou no seu coração. - Eu sei, que cá dentro, há algo, protetor e carinhoso, por mais pequeno que seja!!! Todos temos esse lado, mesmo vampiros!!! E em ti, é extraordinário!!! É mais poderoso, que outra coisa, esse desejo de amar...de proteger...de cuidar...de importar...de entender...Eu não vou condenar-te por me teres beijado, apenas tenho de dizer que o sentimento não é recíproco.
- Eu sei...Desculpa a minha atitude, mas eu nunca deixarei de gostar de ti, ok??? - ele sorriu um pouco desanimado.
- Ok!!! Eu compreendo!!! - eu abracei-o.
Steph e Dan tocaram à campainha e Matt foi abrir. Eu, meio curiosa, comecei a observar a ferida que tinha no abdómen. Estava a desaparecer, talvez por aquilo que Matt explicou: posso tentar suicidar-me mas nunca morro.
O que realmente me preocupava era Nikki, a antiga namorada de Matt... Ela queria vingança?! Ou então destruir amizades?!
- Ela está no gabinete, venham por aqui!!! - Ouvi a voz de Matt no corredor.
Ele abriu a porta e Daniel e Stephanie entraram. Daniel veio para junto a mim:
- Ashley, eu...não queria...fazer aquilo!!! Foi mais forte que eu!!! Perdoa-me!!! - Dan ajoelhou-se à cabeceira da maca.
- Eu sei que não era a tua intenção!!! Todos nós saltamos fora do controle, mas está tudo bem!!! E também não me posso esquecer, que se não fosses tu, a amparar-me naquela noite na escola, a esta hora ainda estava lá a morrer!!! - eu sorri e dei-lhe a mão.
Daniel beijou-me a bochecha e sorriu para mim. Ele é bom rapaz, apesar de tudo...
Steph pousou no chão uma mala com roupas e produtos e higiene.
- Vamos deixar-te aqui a mala para que possas ver o que necessitas e para ires tomar um banho, ok maninha??? - Steph acariciou-me o cabelo.
- Sim, querida!!! - eu sorri-lhe.
Steph e Dan saíram do gabinete e dirigiram-se à sala de estar de Matt onde se sentaram a relaxar e a ver TV.
- Eu vou ajudar-te!!! - Matt afirmou.
Ele desligou a máquina das pulsações cardíacas e retirou todas as agulhas, ventosas e afins que me rodeavam. Depois, devagar, pegou em mim, ao colo e levou-me para a wc. Também foi buscar a minha mala. Chegou à wc, e viu que eu estava observando-me ao espelho.
- Posso??? Se não quiseres eu não faço!!! - Matt colocou a mão na blusa que me emprestara.
- Acho, que por mim, está tudo bem!!! Se não te sentires à vontade, não o faças!!! - eu ripostei.
Matt deslizou para cima a blusa. Apenas senti um leve arrepio pelo corpo. Coloquei as mãos nas calças de pijama e retirei-as com cuidado. Fiquei com roupa interior íntima.
- Contigo, não tenho constrangimentos!!! Somos melhores amigos, não é??? - eu sorri.
- Claro que sim!!! Estás à vontade. - Matt sorriu também.
Matt colocou as mãos nos meus ombros e disse:
- Vou preparar-te a água, ok???
- Sim, vai, por favor!!! - eu afirmei.
Matt foi preparar a banheira. Quando voltou, eu observava-o sorrindo.
- O que foi??? - ele olhou para si próprio.
- Nada...apenas...queria... - eu continuei sorrindo.
- Diz!!! - Matt achou aquela atitude estranha.
- Posso tirar-te a blusa, por favor??? - eu mante-me sorridente.
- Sim, podes... - Matt baixou os braços.
Caminhei até ele, sempre a sorrir. Coloquei as mãos na sua T-shirt e retirei-a com cuidado.
- Ok qual é o objetivo??? - Matt perguntou.
Eu observei o seu físico: o seu abdómen e braços musculados e a sua cara de interrogação.
Depois virei-me para o lavatório, abri a torneira, fiz uma concha com as mãos, enchi-as de água e de seguida atirei a água para Matt.
Ele ficou encharcado. Eu ri. Ele olhou para mim e riu também. Também fez o que eu lhe fiz. Molhámos a wc e divertimo-nos muito. No final da brincadeira, todos molhados, abraçámo-nos.
- Adoro-te!!! - eu senti o meu corpo juntinho ao seu e ri.
- Eu também!!! - ele apertou-se carinhosamente.
Quando nos libertámos, retirámos o penço do meu abdómen reparei que a minha ferida tinha desaparecido e que as dores eram quase nenhumas.
Matt saiu da wc e eu tomei o meu banho. Vesti-me assim:




















Desci até à sala de estar e eu, Matt, Daniel e Steph conversámos durante algumas horas...

Continua...

Ashley Mary Hale Cullen


Banda sonora deste post: "Birdy - Shelter"; http://www.youtube.com/watch?v=QXwPUYU8rTI


sexta-feira, 21 de junho de 2013

Informação aos leitores...

Sexta-feira, 21 de Junho

Queridos e estimados leitores,

Queria informar-vos, que a partir de hoje, cada post que publicar, terá, no final, uma etiqueta com os dizeres: "Banda sonora deste post". À frente, estará escrito o nome de uma música e o seu link, que se relaciona com o post e que os leitores pode ouvir, enquanto o leem. Espero que gostem da ideia e caso tenham sugestões ou reclamações acerca do blogue, podem escrever-me, para o seguinte email: ashmaryhalecullen@gmail.com.

Obrigada pela vossa atenção,

Ashley Mary Hale Cullen

P.S: Aqui está uma imagem modelo dos próximos posts:






















Dia do Baile... - Parte 3

Sexta-feira, 21 de Junho

Saí do pavilhão e dirigi-me à wc. Com aquele assunto da música fiquei um pouco apavorada e com a teoria de Daniel ainda mais.
Andei pelo corredor. Apenas o barulho dos meus saltos altos se ouvia. Fazia eco no corredor. Fui à wc, olhei-me ao espelho, retoquei o gloss e voltei para o pavilhão. No caminho para lá vim pelo mesmo caminho, o corredor.



















De repente comecei a ouvir uns ruídos estranhos. Caminhei na direção dos ruídos. Momentos depois eles pararam. Eu também parei, no meio do corredor. Voltaram a surgir e em seguida ouviu-se o grito de uma rapariga. Corri em direção do grito e cheguei a uma sala de aulas. Abri a porta devagar e entrei. No fundo da sala encontrei uma rapariga morta (de nome Abby), cheia de sangue pelo corpo, com os membros amarrados e a boca tapada. Fiquei assustada e aflita. Saí da sala, já a correr para ir chamar ajuda. Ouvi novamente ruídos, desta vez, passos. Virei-me e olhei para o fundo do corredor.
- Está...aí alguém??? - gritei aflitíssima.
Avistei um vulto masculino muito rápido, ao fundo do corredor, encolhi-me e perguntei novamente se estava ali alguém. Sinto uma brisa fresca nos ombros e o vulto a mexer-se a uma velocidade imbatível.
Então, é aí que sinto algo a picar-me nas costas. Uma picada bem forte, de uma seringa.
Começo a ter tonturas e dor. Quando estava prestes a desmaiar e a cair no chão, as portas que dão acesso ao corredor abrem-se e Daniel, chocado, ao ver-me naquele estado, no corredor, quase inconsciente, utiliza a sua estrondosa velocidade vampírica e chega até mim. Segura-me nos seus braços e põe-me deitada sobre as suas pernas.
Eu ainda ouvia, e via, mas muito turvamente. Falar quase nada e mexer o corpo, ainda menos.
Matt entra de rompante no corredor. Possivelmente Steph não sabia o que se estava a passar ou então eles disseram que era mais seguro ela ficar no pavilhão.
- Dan, leva-a até ao meu carro e já nos encontramos lá. - Matt falou.
- Matt, se for um vampiro, toma cuidado pois ele pode ter algum veneno ou isso.
- Não te preocupes!!! Cheira-me a sangue, ou é impressão minha!? - Matt afirmou.
- Sim, também me cheira. - Dan concordou. - Se foi um vampiro, arranca-lhe a cabeça por mim ok???
- Tenho 190 anos, aprendi a lidar com sangue humano, sou imortal e frio de temperatura e de emoções, achas que é difícil arrancar a cabeça de um monstro como eu??? Da minha raça??? - Matt riu. - Não gozes comigo!!! Agora leva-a, eu terei de cuidar dela em minha casa.
O quê??? O Matt é um vampiro, não pode ser!!! NÃO!!! Ele...ele...mentiu-me...Não!!! - eu pensei para mim própria.
Os meus sentidos iam-se desligando. Mas aquelas frases de Matt ficavam na cabeça.
Daniel levou-me até ao carro e lá me manteve. Informou os outros e todos vieram saber como eu estava. Dan disse que Matt me iria curar e que precisava que fossem para casa.
Dan, Steph e eu, embora inconsciente esperámos pelo Matt. Nessie, Jacob, Allyssa e Seth, cumpriram as ordens de Dan e foram para casa e não contar o ocorrido a ninguém.
Matt chegou perto do carro e concluiu:
- Não há sinal de nada. Nem vampiro, nem lobo, nada!!! É uma criatura muito perspicaz e eficiente. Ela já acordou???
- Não, ainda não!!! - Steph disse com as lágrimas nos olhos.


















- Steph, liga a Rosalie e diz-lhe que eu, o Dan, tu e a Ashley fomos para minha casa e que vocês só voltam amanhã à noite. Fizémos tipo...uma festa...inventa qualquer coisa!!! - Matt disse pegando em mim e aconchegando-me no banco de trás do carro.
- Eu não sei se sou capaz... - Steph disse observando-me.
- Claro, que és meu amor!!! Eu estou aqui para te ajudar!!! - Dan colocou as suas mãos nos ombros de Steph. - Eu e tu vamos para minha casa e amanhã de manhã passamos logo na casa do Matt.
- Podem passar quando quiserem. E por favor, Steph, não te preocupes!!! Tudo irá ficar bem!!! - Matt tranquilizou-a.
Matt entrou dentro do carro e arrancou até à sua casa. Estacionou o carro mesmo à porta de casa e retirou-me dele. Levou-me nos seus braços até ao sofá.
Descalçou os meus sapatos de salto alto e desapertou-me o cabelo. Tapou-me com um cobertor e foi pesquisar curas para a minha inconsciência. Umas horas depois, foi novamente ao sofá, para me levar para o seu quarto. Quando me levantou, reparou e ficou chocado com o que vira: no local onde a seringa se havia espetado, eu tinha uma hemorragia que não estancava. Matt tentou controlar-se ao máximo, porque haviam muito sangue no sofá e no meu corpo. Levou-me até ao seu quarto, limpou-me e desinfetou a ferida e fez-me um penso. Deitou-me na sua cama e deitou-se a meu lado. Abraçou o meu corpo frágil e inconsciente. Passaram-se 5 horas...

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P.D.M (Perspectiva de Matt):

Comecei a ficar preocupado com a Ashley. Pelas minhas pesquisas, em livros antigos, aquele veneno, criado por vampiros, para imobilizar as suas vítimas, tem efeito de 5 horas. Mas já se tinham passado 5 horas e 30 min. Ela continuava bonita, mesmo estando inconsciente. As suas pálpebras finas e suavemente maquilhadas contrastavam com os seus lábios rosadinhos e com os seus cabelos loiros encaracolados. Naquela noite ela, estava mais maravilhosa que nunca. Não digo isto por gostar dela, mas sim por ela ser isso.
Também estava inquietado pelo facto de, a Ashley já ter descoberto que eu sou um vampiro. Ela não me irá perdoar pois eu menti-lhe durante este tempo todo.
De repente, sinto a sua mão mexer-se junto ao meu corpo. Olho para os seus olhos e lentamente ela abre-os.

P.D.A (Perspectiva de Ashley):

Senti-me a voltar à vida. O meu corpo voltara a mexer e o meu cérebro a funcionar. Abri devagar os olhos. Matt estava ao meu lado a observar-me e ficou surpreendido.
- Matt?! - eu disse aflita.
- Estou aqui, está tudo bem!!! - ele envolveu o meu corpo num abraço carinhoso.
- Eu...eu tive alucinações...e tu estás lá...e eras um...vamp..vampiro!!! - eu desatei a chorar.
- Ashley, olha para mim, não eram alucinações é a realidade...Desculpa eu quis contar mas achei que... - Matt suspirou e eu interrompi-o.
- NÃO!!! Tu mentiste-me este tempo todo...e sabias que eu lidava com vampiros...e que eu te considerava meu melhor amigo...eu...não...
Furiosa, levantei-me da cama e corri, debilitada para a porta. Matt veio atrás de mim. Eu chorava convulsivamente.
Quando coloquei a mão no puxador da porta. Matt agarrou-me pela cintura.
- Larga-me traidor!!! Tu mentiste-me!!! PÁRA!!! - eu empurrei-o e tentei soltar-me.
- Ashley, eu não quis, pôr-te em problemas!!! Tu já tens bastantes e eu não te queria fazer sofrer!!! Por favor, entende isso!!! - Matt apertou-me contra o seu corpo.
As lágrimas corria-me muito.


- Eu não quero viver mais assim!!! Eu estou farta de tudo!!! De todos os problemas, das mentiras, de mortes, de TUDO!!! - eu abracei o Matt e chorei no seu ombro.
Matt fazia-me carícias nos cabelos e apenas dizia:
- Vai ficar tudo bem!!! Eu estarei sempre ao teu lado!!!
- Matt...Por favor, fica comigo!!! - eu soluçava aflita.

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De manhã, acordei na cama de Matt. Ele estava ao meu lado e fazia-me festas nos cabelos.
- Trouxe o pequeno-almoço. Tens de comer alguma coisa para tomar os medicamentos!!! - Matt pousou nas minhas pernas uma bandeja com o pequeno-almoço: duas torradas com manteiga, um sumo de laranja e uma taça de morangos.
- Sinto-me como uma pessoa perturbada emocionalmente!!! Estou debilitada, alterada psicologicamente e bastante instável!!! - Eu baixei a cabeça.
- Podias até estar maluca, mas eu nunca iria deixar-te sozinha!!! - Matt sorriu.
- Obrigada por tudo!!! - Eu disse já mais aliviada.
Tomei o pequeno-almoço e os medicamentos. Depois foi à wc fazer a minha higiene. Matt emprestou-me umas roupas dele. Olhei-me ao espelho da wc e vi uma rapariga quase saída de um hospício. De repente oiço umas pingas a caírem do teto. Fiquei desconfiada. Olhei para o chão e vi uma poça de sangue enorme.
- MATT!!! - eu caí de joelhos no chão a chorar.
Matt abriu rapidamente a porta da wc e eu corri para ele a chorar.
- O que se passa, Ash??? - Matt arregalou os olhos enquanto me envolvia em seus braços.
- A...poça...de...sang... - eu soluçava parecendo perder a respiração.
- Ashley??? Fala comigo, respira!!! - Matt ficou transtornado.
- Ali, no chão... - eu apontei para o chão limpo sem sangue, ou poças.
- Estás a ter uma alucinação, Ashley!!! Calma, por favor... - Matt tentou tranquilizar-me.
- Eu...o quê??? Diz-me que isto vai acabar!!! Por favor, tira-me daqui!!! Eu não aguento mais!!! - eu saí disparada da wc para a cozinha.
- Ashley, onde vais??? Anda cá!!! - Matt gritou.
A campainha tocou e Matt foi abrir a porta.
- Oi Matt!!! Como é que a Ashley está??? - Dan e Steph tinham chegado.
- Entrem, eu preciso da vossa ajuda!!! Ela está a ter alucinações e não consigo pará-la. Ela dirigiu-se agora para a cozinha...Oh Meu Deus...para a cozinha!!! - Matt correu para a cozinha. Dan e Steph seguiram-no.
Eu peguei numa faca e quando eles me viram eu espetei-a no abdómen.
- ASHLEY!!! NÃO!!! - Steph berrou e começou a chorar incondicionalmente.
Eu fiquei com a faca espetada e a olhar para eles. As minhas mãos cheias de sangue baixaram-se e o sangue desatou a correr do abdómen.
Matt horrorizado e sabendo que Daniel estava a controlar-se mas que ia perder o controlo, disse a Steph para me levar dali e limpar-me.
Mas foi tarde: Dan pulou para cima e na minha direção mas Matt protegeu-me pondo-se à minha frente. Ele e Dan começaram a lutar. Steph puxou-me dali, aflita sem saber o que fazer.
Eu estava a desfalecer. Os rapazes acabaram a luta e Dan saiu da casa irritado, até ouvi o estrondo da porta!!!
Matt correu até mim e até Steph.
- Ashley??? Consegues falar e ouvir??? - Matt segurou-me em seus braços.
- Sim... - a minha voz trémula soltou-se.
- Nós temos de tirar...a faca do corpo dela, Matt!!! Ela...pode infetar!!! - Steph declarou muito aflita e cheia de medo.
- Sim, vou tirar. Por favor, não olhes agora, ok, Steph??? - Matt precaveu.
- Oh Meu Deus, isto está a pôr-me...enjoada. Tenho de ir...apanhar ar!!! - Steph chorava sem parar.
- Sim, vai e acalma-te. Ela vai ficar bem!!! - Matt passou a sua mão no rosto de Steph.
Steph saiu de casa, cheia de medo e assustada.
- Matt, dói-me o corpo e a cabeça. Tenho medo!!! - eu olhei-o com os olhos cansados.
- Eu estou aqui!!! - Matt colocou a mão no cabo da faca.
- Não, por favor!!! Isso dói muito!!! - eu gritei a chorar.
- Tem de ser!!! - Matt respondeu.
Olhou para mim durante alguns instantes e sem eu esperar, aproximou o seu rosto do meu e beijou os meus lábios, num beijo carinhoso que revelava tudo o que ele sentia por mim.
- Eu amo-te Ashley Cullen!!! - Matt sorriu para mim.
- Tu...tu não fizeste isso!!! - eu incrédula olhei-o.
De seguida, Matt arrancou a faca do meu corpo, velozmente. Uma dor insuportável ferrou-me o corpo e eu gritei de dor intensa e duradoura...

Continua...


Ashley Mary Hale Cullen